terça-feira, 30 de agosto de 2011

Adoro esse poema...


Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.

Se sou esquecido,
devo esquecer também,
Pois amor é feito espelho:
-tem que ter reflexo.

Pablo Neruda

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Poeminha depois de nosso primeiro aniversário...


Caso você queira posso passar seu terno,
aquele que você não usa por estar amarrotado.
Costuro as suas meias para o longo inverno...
Use capa de chuva, não quero ter você molhado.
Se de noite fizer aquele tão esperado frio
poderei cobrir-lhe com meu corpo inteiro.
E verás como a minha pele de algodão macio,
agora quente, será fresca quando for janeiro.
Nos meses de outono eu varro a sua varanda,
para deitarmos debaixo de todos os planetas.
O meu cheiro te acolherá com toques de lavanda
- Em mim há outras mulheres e algumas ninfetas -
Depois plantarei para ti margaridas da primavera
e aí no meu corpo somente você e leves vestidos,
para serem tirados pelo seu total desejo de quimera.
- Os meus desejos, irei ver nos seus olhos refletidos.

Fernanda Young

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Um poema singelo que fiz para ti... em homenagem por um ano de estrelas borboletas...

Teus beijos são portais encantados,
que me conduzem por dimensões iluminadas
pelo brilho de mil estrelas prateadas...
me iniciam em sentimentos que antes só foram sonhados.


Me levam a viver outras vidas,
que dentro de mim são sentidas
e assim transformam em sinfonia,
o que antes era apenas melancolia.


Basta o leve toque celeste de seus lábios
e subitamente sou Penélope, agitada
nos braços de Ulisses depois da longa batalha.


Sou Raquel, em seu leito nupcial casto
após catorze anos de espera por Jacó e seu amor vasto.


Sou Guinevere ao observar Lancelot
em silêncio, sem tocá-lo... seu consorte.


Sou Julieta vivenciando o estupor do amor
sendo adorada por Romeu no mais belo esplendor.


Sou Helena raptada por Páris,
conhecendo a felicidade em outros mares.


Sou Psique ao descobrir que seu marido
em segredo mantido, era o próprio Cupido.


Assim, em seus lábios alusivos
ao amor, encontro atrativos
dons... Me descubro por inteira.


Sou Juliana, feliz, plena, serena,
enleando o amor, a magnitude, a tranquilidade,
nos braços do Tago, meu amor de verdade.


Juliana do Espírito Santo



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sempre que leio esse poema penso em você...



SINOS
                                                                                                                                                               
quando estava só
nos meus vastos campos
de machucadas orquídeas
e silêncio
e à noite bebia em taças opacas
estrelas líquidas e passado
e o vento do deserto
me alcançava trazendo
o rumor dos mortos
você chegou
com vassoura de luz
varreu a casa e limpou os sinos

Roseana Murray

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Para você.... somente você.




É muito tarde para não te amar.
Tudo o que ouço é o sopro do teu nome.
O que sinto é teu corpo, que consome
- presente,ausente - o meu corpo.Luar

em que me abraso, morro: teu olhar
ofuscando memórias, onde some
um mundo, e outro se ergue. Sede, fome
e esperança.Ah, para não te amar

é tão tarde que tudo é já distância,
que só respiro este luar que me arde,
este sopro sem praias do teu nome,

esta pedra em que pulsa e medra a ânsia
e esta aura, enfim, em que me envolve( é tarde!)
o que és - presente, ausente - e me consome.

Ruy Espinheira Filho