Eu tropecei estradas,
Escorreguei ladeiras,
Encharquei caminhos sob a chuva fina,
Suei picadas nas febres do mormaço,
Sustentei de poeira meu cansaço.
Da vida, fiz andanças,
Mochilas, fiz mudanças,andei!
Como molhei de suor meu coração!
Quanto, à deriva, pisei-me no meu pranto...
E caminhava mais!
Estrepes e espinhos marcaram cicatrizes
Na paisagem parda e sem matizes,
Onde o querer andar, desgovernado e trôpego,
Perdia-me no perdido dos caminhos.
Cansei!
Parei à sombra de uma vida
E, delirando, sonhei que era minha.
- Vem!
Eu fui!
Era um caminho novo, verde e lindo!
Desvairada corri, liberta e nua,
Abrindo os braços,
Enlouquecida, solta, céu e lua,
Para abraçar tu'alma!
Eu te tocava,quase,
Quando o caminho
Rasgou-se em dois atalhos:
Tu seguias por um, suave e leve,
E me apontavas o outro, gelo,neve!
Minha alma esgazeou-se.
Meu coração, vestido de mendigo,
Despertou suado, morno, empoeirado,
Na brisa velha de um velho vento antigo...
Mila Ramos
Escorreguei ladeiras,
Encharquei caminhos sob a chuva fina,
Suei picadas nas febres do mormaço,
Sustentei de poeira meu cansaço.
Da vida, fiz andanças,
Mochilas, fiz mudanças,andei!
Como molhei de suor meu coração!
Quanto, à deriva, pisei-me no meu pranto...
E caminhava mais!
Estrepes e espinhos marcaram cicatrizes
Na paisagem parda e sem matizes,
Onde o querer andar, desgovernado e trôpego,
Perdia-me no perdido dos caminhos.
Cansei!
Parei à sombra de uma vida
E, delirando, sonhei que era minha.
- Vem!
Eu fui!
Era um caminho novo, verde e lindo!
Desvairada corri, liberta e nua,
Abrindo os braços,
Enlouquecida, solta, céu e lua,
Para abraçar tu'alma!
Eu te tocava,quase,
Quando o caminho
Rasgou-se em dois atalhos:
Tu seguias por um, suave e leve,
E me apontavas o outro, gelo,neve!
Minha alma esgazeou-se.
Meu coração, vestido de mendigo,
Despertou suado, morno, empoeirado,
Na brisa velha de um velho vento antigo...
Mila Ramos
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